
'Mas fulano tem problemas'. Também tenho. 'Mas sicrano é da família'. Ser da família não é passe livre. 'Mas beltrano não teve a intenção'. Imagina se tivesse. Não justifique o que não tem justificativa.
Ninguém está isento das consequências de seus atos apenas porque tem problemas, porque é da família ou porque não teve a intenção. Todos enfrentamos dificuldades, mas isso não pode servir como escudo para o erro ou para o mal que se faz ao outro.
Ser da família não dá passe livre para ferir, enganar ou desrespeitar. O vínculo de sangue é importante, mas não pode ser usado como desculpa para perpetuar atitudes nocivas. Amor verdadeiro também corrige, também põe limites.
E quanto à intenção, ela até pode atenuar, mas nunca apagar completamente os resultados de uma ação. Se sem intenção já causou estrago, imagine se fosse de propósito. Por isso, é preciso responsabilidade em cada escolha, em cada palavra e atitude.
No fim, a lição é clara: não justifique o que não tem justificativa. Errar é humano, mas permanecer no erro, ou proteger o erro, é falta de sabedoria. O caminho da maturidade é assumir responsabilidades, aprender e buscar ser melhor, sem esconder-se atrás de desculpas.